Dólar volta a subir e fecha no maior valor em quatro meses
Em mais um dia de volatilidade no mercado financeiro, o dólar voltou a subir e a fechar no valor mais alto em quatro meses. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (1º) vendido a R$ 5,653, com alta de R$ 0,038 (+0,68%).
A cotação está no maior nível desde 20 de maio, quando a moeda norte-americana tinha fechado em R$ 5,59. O dólar acumula valorização de 40,87% em 2020, o que torna o real a moeda com pior desempenho entre os principais países emergentes neste ano.
A divisa americana começou o dia em queda, abrindo a R$ 5,576, mas inverteu o movimento, passando a subir antes do fim de manhã. Na máxima do dia, por volta das 16h30, o dólar foi vendido a R$ 5,66.
As incertezas em relação ao Renda Cidadã, futuro programa social que deve substituir e ampliar o Bolsa Família, continuaram a interferir no mercado. O dólar passou a subir depois que o vice-presidente Hamilton Mourão declarou que que a criação do programa depende de corte de recursos em outras áreas ou alguma medida fora do teto de gastos. Segundo Mourão, o governo não tem dinheiro extra, e caberá ao Congresso Nacional decidir.
Ontem (30), o ministro da Economia, Paulo Guedes, tinha afirmado que não pretendia mais usar cerca de R$ 38 bilhões do adiamento de precatórios (dívidas reconhecidas pelo governo após decisão definitiva da Justiça) para custear parcialmente o Renda Cidadã. Segundo o ministro, o governo está passando um pente fino nas despesas dos precatórios, de modo a reduzir os gastos obrigatórios, mas essa não pode ser uma fonte permanente de recursos para o programa.
No mercado de ações, o dia também foi de volatilidade. O Ibovespa, índice da B3, alternou altas e baixas ao longo do dia, mas fechou em alta com ajuda das ações da Petrobras, as mais negociadas. O indicador encerrou o dia aos 95.478 pontos, com alta de 0,93%.
Hoje, por 6 votos a 4, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu aval para a privatização de refinarias da Petrobras. As ações ordinárias (com direito a voto em assembleia de acionistas) encerraram o dia em alta de 0,91%. Os papéis preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) subiram 1,22%.
*Com informações da Reuters
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