Como foi o embate de Cid Gomes com os grevistas da PM no Ceará
O senador Cid Gomes (PDT) chegou ao Aeroporto de Sobral por volta das 16 horas de quarta-feira, depois de convocar a população — em um vídeo divulgado nas redes sociais — a protestar contra a greve dos policiais. Ele foi recepcionado por apoiadores de seu próprio partido. Vários deles usavam camisas amarelas. Duas retroescavadeiras também estavam à disposição de Cid já no desembarque.
Num palanque improvisado na entrada do aeroporto, o senador decidiu seguir em passeata pelas principais ruas de Sobral até chegar ao quartel do 3º Batalhão da Polícia MIlitar, onde os grevistas estavam concentrados. “Vim aqui para defender a paz e a tranquilidade do povo de Sobral, e eu vou enfrentá-los mesmo que custe minha vida”, disse Cid, em um dos vídeos que registram o momento.
Cerca de 100 policiais, alguns acompanhados por esposas e filhos, estavam no batalhão mobilizados pela paralisação da categoria.
Sob gritos e aplausos, Cid se referiu aos policiais em greve como bandidos. Ele chegou acompanhado por secretários da prefeitura de Sobral, governada por seu irmão caçula, Ivo Ferreira Gomes.
A escolta do senador incluía ainda motoristas de ambulâncias do município, professores e coordenadoras de escolas públicas, além de vereadores aliados.
Eu estava posicionado dentro do batalhão para acompanhar a negociação conduzida por Cid.
Diante do portão, ele optou por estabelecer um diálogo em tom ameaçador. Com um megafone na mão, disse ao grevistas que eles teriam cinco minutos para abandonar o local.
Em seguida, o senador deu voz de prisão a um vereador de oposição, conhecido como Sargento Ailton, e tornou ainda mais inflamada a discussão. Cid chegou a segurar o vereador pela gola da camisa e o tumulto se intensificou. O senador então se afastou e seguiu em direção à retroescavadeira.
Ao volante do trator, ele acelerou na direção dos grevistas e derrubou o portão principal. Depois dessa esta ação, houve a sequências de tiros. Cid foi baleado. E, enquanto era socorrido, seus apoiadores atiravam pedras na direção dos grevistas, que também faziam o mesmo. O local se transformou num campo de batalha.
ÉPOCA
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